Paulo Twiaschor destaca que a construção modular emergencial está se consolidando como uma das soluções mais eficazes para atender demandas imediatas em situações de desastres naturais e crises humanitárias. Ao permitir a montagem de hospitais de campanha, abrigos temporários e escolas provisórias em poucas semanas, a tecnologia modular combina agilidade, eficiência e sustentabilidade, tornando-se essencial em cenários onde cada dia de atraso representa riscos para milhares de pessoas.
Agilidade como fator decisivo em situações críticas
Em catástrofes como enchentes, terremotos ou incêndios de grandes proporções, a necessidade de infraestrutura rápida é vital. Hospitais precisam ser erguidos para atender feridos, abrigos devem acolher famílias desabrigadas e escolas provisórias garantem a continuidade da educação em comunidades afetadas. A construção tradicional, com seus longos prazos e alta demanda de recursos no local, dificilmente consegue responder com a velocidade exigida.

A construção modular, por outro lado, oferece uma alternativa imediata: como os módulos são produzidos em fábricas e transportados prontos para o local, o tempo de execução se reduz drasticamente. A montagem pode ocorrer em dias ou semanas, mesmo em áreas com infraestrutura comprometida. De acordo com Paulo Twiaschor, essa rapidez é o grande diferencial da construção modular emergencial, pois transforma a resposta a crises em uma ação concreta e eficiente.
Flexibilidade e adaptabilidade das estruturas
Outro ponto de destaque está na flexibilidade do modelo modular. As unidades podem ser configuradas de acordo com a necessidade específica: enfermarias, salas de aula, dormitórios, refeitórios ou escritórios administrativos. Essa versatilidade permite que as construções se adaptem rapidamente à realidade local, atendendo desde comunidades ribeirinhas isoladas até grandes centros urbanos em estado de emergência.
De modo adicional, os módulos são expansíveis e podem ser realocados conforme a evolução da situação. Um hospital de campanha, por exemplo, pode ser desmontado e reinstalado em outra região quando a crise inicial for controlada, garantindo reaproveitamento e economia de recursos. Paulo Twiaschor acrescenta que essa capacidade de adaptação diferencia a construção modular emergencial, tornando-a ideal para contextos de instabilidade e mudança constante.
Sustentabilidade e menor impacto ambiental
Em emergências, a preservação ambiental muitas vezes é negligenciada diante da urgência. No entanto, a construção modular consegue aliar agilidade à sustentabilidade. Como a maior parte da obra é realizada em ambiente controlado, há menos desperdício de materiais e menor geração de resíduos no local da instalação.
Outro ponto positivo é a possibilidade de integrar soluções sustentáveis, como sistemas de captação de água da chuva, painéis solares e ventilação natural, garantindo autonomia em locais sem acesso à infraestrutura básica. Essas medidas tornam os módulos não apenas rápidos de instalar, mas também eficientes no consumo de recursos.
Segundo Paulo Twiaschor, o caráter sustentável reforça a importância do modelo modular, que oferece soluções temporárias sem comprometer a preservação ambiental e a qualidade de vida das comunidades atendidas.
Exemplos práticos de aplicação
No cenário internacional, países já utilizam a construção modular emergencial em crises humanitárias, como o rápido levantamento de alojamentos para refugiados e hospitais em regiões atingidas por terremotos. No Brasil, experiências recentes também mostraram a eficiência do modelo em situações de enchentes e desabamentos, onde abrigos temporários foram implantados em tempo recorde.
Paulo Twiaschor comenta que a disseminação desses casos de sucesso fortalece a confiança no modelo e estimula governos e organizações a adotarem a construção modular como política pública em emergências.
O futuro da construção modular em contextos emergenciais
Com a intensificação das mudanças climáticas e o aumento da frequência de eventos extremos, a demanda por soluções emergenciais tende a crescer. Nesse cenário, a construção modular desponta como alternativa indispensável, capaz de responder rapidamente e com eficiência a situações críticas.
O futuro aponta para uma integração ainda maior com tecnologias digitais, como BIM e IoT, que permitirão planejar, monitorar e ajustar as estruturas de forma precisa. Além disso, políticas de incentivo e parcerias entre setor público e privado serão fundamentais para ampliar a escala de aplicação.
Paulo Twiaschor frisa que a construção modular emergencial não deve ser vista apenas como uma resposta pontual, mas como parte de uma estratégia estruturada de resiliência urbana e social. Ao unir velocidade, flexibilidade e sustentabilidade, essa solução se consolida como um recurso essencial para enfrentar os desafios humanitários do presente e do futuro.
Autor: Vitor Rocha